Raiva na infância deve ser legitimada, diz psicanalista

Os ataques de birra, raiva e agressividade dos pequenos nos deixam apavoradas, não é? Mas, segundo psicanalistas, por trás dessas manifestações de fúria está uma forma de as crianças expressarem algo que as incomodam e que elas ainda não têm condições de processar. Conversar e ajudá-las a entender e a controlar as reações são os principais conselhos dos especialistas.

Raiva e ódio, segundo psicanalistas, são emoções comumente consideradas negativas, mas que, no fundo, não passam de sentimentos humanos como tantos outros. A ideia não é reprimi-los, mas sim, ajudar as crianças a compreender que não é errado sentir raiva, mas que precisam controlar suas reações a fim de não fazer mal a si e aos outros ao seu redor.

De acordo com estudos, as crianças que apresentam esse tipo de comportamento geralmente estão tentando dizer algo e pedindo uma intervenção do ambiente a seu redor. Porém, pelo fato de “incomodar”, elas são mais percebidas negativamente do que as crianças que se adaptam excessivamente a tudo.

“A criança que não brinca e não se movimenta, que nunca fez uma birra ou nunca mostrou resistência à imposição de um limite ou regra, deve nos preocupar mais”, afirma a psicanalista Teresa Carvalho, formadora de professores e gestores de educação infantil na rede pública e particular de ensino.

Cabe aos adultos, portanto, mostrar às crianças que a agressividade é um sentimento legítimo e, ao mesmo tempo, orientá-las a demonstrar o que sentem de uma maneira que não cause prejuízos para as próprias crianças e que seja aceitável e compatível com a convivência das pessoas ao redor dela. Ajudando, dessa forma, a proporcionar um ambiente adequado para que possam surgir comportamentos construtivos.

TEXTO ORIGINAL DE PRIMI STILI






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