Relacionamentos tóxicos: saiba quando relação está prejudicando a autoestima

Por Adriana Araújo

Algumas pessoas vivem “relacionamentos tóxicos”, infelizmente. Certas pessoas se relacionam com quem acaba lhe fazendo mais mal do que bem. Mas nunca é só mal, por isso existe a relação. Esse tipo de comportamento não é o mais comum e nem deve ser incentivado, mas acontece. As principais características dos “relacionamentos tóxicos” são:

  • Causar mal estar ao próximo(a)
  • Desvalorizar o(a) parceiro(a)
  • Ofender
  • Não respeitar as necessidades do(a) outro(a)
  • Não prestar atenção ao contrato e regras criadas na relação
  • Ações egoístas e impensadas
  • Atitudes grosseiras e mesquinhas.

Algumas pessoas tem dificuldade para identificar que estão numa relação doentia, tóxica, que faz mal, e outras não

Existem pessoas que tem tendência a buscar relacionamentos tóxicos, justamente pelo perfil psicológico. Algumas pessoas permitem que outras as desvalorizem por:

  • Baixa autoestima
  • Dificuldade de saber dizer não
  • Dificuldade de se impor
  • Dificuldade de respeitar os próprios limites e acabar sempre ou na maioria das vezes cedendo à vontade do outro
  • Submissão.

Pessoas com esse perfil de submissão tendem a ter dificuldade de relacionamento. Mas não significa que terão relações tóxicas. É preciso, também, escolher alguém que tenha uma personalidade forte ou até mesmo negativa para provocar sentimentos ruins ao outro. Isso acontece justamente pela dificuldade de se valorizar. Pessoas com essa dificuldade de se valorizar costumam:

  • Não conhecer a si mesmas bem o suficiente
  • Não saber as habilidades que possuem
  • Não receber atenção e carinho em casa
  • Sonhar com habilidades que não tem e passam a não dar valor as que possuem.

Há pessoas que vivem uma vez ou outra uma relação complicada, pois logo que identificam o padrão negativo do outro se afastam. Mas há aquelas pessoas que tem como padrão relações assim. O perfil de pessoas que insistem em relacionamento no qual não são valorizados e muitas vezes sofrem abuso físico e moral é:

  • Submissão
  • Desvalorização de si próprio
  • Foco no status de haver uma relação custe o que custar por medo do abandono, da dor da separação
  • Medo de ficar sozinho.

Agora, tem o outro lado. O perfil do agressor é:

  • Domínio da situação e da relação
  • Muitas vezes, está apenas reproduzindo o que viveu na infância traumática.

Uma forma de lidar com esse tipo de pessoa agressiva e manipuladora é se afastar. Mas essa não é o único caminho. Existem outras formas de lidar com a situação.

  • Aprender a se impor
  • Saber o que se quer
  • Dar valor a si próprio
  • Respeitar a si mesmo e ao próximo
  • Gostar de si próprio e de quem gosta de você.

Algumas pessoas tem dificuldade para identificar que estão numa relação doentia, tóxica, que faz mal, e outras não. Quem sente dificuldade, normalmente:

  • Tem baixa autoestima. É certo que qualquer pessoa pode entrar numa relação assim, mas quem tem melhor equilíbrio emocional sairá mais rápido
  • Vive um conflito interno muito grande, pois relações assim nunca são sempre ruins, normalmente o agressor costuma se sentir culpado e compensa sua vítima com atenção e carinho redobrado em outros momentos, o que leva a um conflito e dúvida se a relação é boa ou realmente ruim.

Para mudar é preciso buscar ajuda profissional. Durante o processo terapêutico a pessoa poderá entender seus padrões comportamentais e evitar novas armadilhas. Dicas:

  • Perceba as relações familiares presentes e passadas, aprenda com isso
  • Desenvolva a valorização de si próprio
  • Conheça suas habilidades e trabalhe na melhoria dos pontos fracos.

Redesenhe uma nova relação com a pessoa que está com você agora ou até mesmo com novo(a) parceiro(a). Aprenda a escolher o que for melhor para você.

Imagem de capa: Shutterstock/Jan Faukner

TEXTO ORIGINAL DE MINHA VIDA






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