O primeiro lote de episódios de Na Lama, produção argentina da Netflix, chegou completo — oito capítulos — e rapidamente entrou nas listas de mais vistas.
A série aposta em um recorte direto: acompanhar três mulheres sentenciadas à prisão perpétua e o impacto disso no corpo, na mente e nas relações que elas precisam construir para continuar respirando.
No centro da história estão La Borges, La Gallega e La Zurda. O ponto de virada acontece no traslado para o presídio de La Quebrada, quando um evento inesperado força as três a cooperarem. A partir dali, nasce um pacto que não é romântico nem idealista: é a tentativa de permanecer vivas em um sistema que trata cada gesto como risco calculado.
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Dentro de La Quebrada, a rotina não se resume a grades e contagens. Existem hierarquias, facções que controlam serviços e espaços, códigos de convivência que mudam conforme o turno e olhos atentos a qualquer fraquejada.
A série mostra como pequenos movimentos — dividir comida, negociar um remédio, ceder ou não a uma ordem — podem redesenhar o mapa de aliados e inimigos.
O roteiro trabalha com tensão constante, mas dá espaço para nuances: culpa, lealdade, desejo de justiça e a memória do que ficou do lado de fora.
Sem romantizar o cárcere, a narrativa examina violência institucional, resistência cotidiana e a engenharia emocional necessária para atravessar dias iguais sabendo que o relógio não corre a favor.
Para quem procura um drama criminal centrado em personagens, Na Lama entrega uma visão crua de sobrevivência e transformação, sustentada por três protagonistas que se movem entre coragem e medo, cálculo e impulso — sempre cientes de que, ali, cada escolha tem custo imediato.
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