Caso Tio Paulo: Justiça concede liberdade a mulher que foi presa após levar idoso morto ao banco

Erika de Souza Vieira Nunes, acusada de conduzir o corpo de seu tio falecido a uma agência bancária no Rio de Janeiro, teve sua liberdade concedida pela 2ª Vara Criminal da Regional de Bangu. O idoso foi transportado já sem vida para assinar um empréstimo de R$ 17 mil em um banco da cidade, em abril.

Na decisão, a juíza Luciana Mocco argumentou que “trata-se de acusada primária, com residência fixa, não possuindo, a princípio, periculosidade à prejudicar a instrução criminal ou colocar a ordem pública em risco”

“Entende-se por clamor público ou social abalo em grande parte da sociedade apto a fomentar medidas duras para suposta preservação da ordem pública. Entretanto, o clamor público tão somente, dada a sua subjetividade, não pode embasar medida drástica de prisão”, acrescentou a juíza.

Ao revogar a prisão de Erika, Mocco estabeleceu uma série de medidas cautelares, incluindo comparecimento mensal ao cartório do juízo, apresentação de laudo médico indicando a necessidade de internação para tratamento da saúde mental, caso necessário, e proibição de deixar a Comarca por mais de sete dias.

Mulher sob investigação por homicídio

Erika de Souza Vieira Nunes, 42 anos, está sob investigação por homicídio culposo, caracterizado pela ausência de intenção de matar.

Em 16 de abril, a mulher levou Paulo Roberto Braga, 68 anos, até uma agência bancária em uma cadeira de rodas, tentando assinar um documento para autorizar um financiamento.

Os funcionários suspeitaram da condição de saúde do idoso, e equipes de emergência confirmaram seu falecimento. Erika foi presa em flagrante.

Além disso, Erika está sendo investigada por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. A 34ª Delegacia Policial (DP) do Rio de Janeiro está considerando a possibilidade de homicídio nesta semana.

O delegado Fábio Souza argumenta que, como cuidadora do idoso, a sobrinha deveria ter levado seu tio ao hospital ao perceber que ele não estava bem, e não a uma agência bancária.






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