Funcionária de hospital que se recusou a tomar vacina falece de Covid-19

Faleceu na última quarta-feira (24), por complicações da Covid-19, a recepcionista Priscila Veríssimo, de 35 anos. Ela trabalhava no hospital Chama (Complexo Hospitalar Manoel André), em Arapiraca (AL), região Agreste.

O hospital em que Priscila trabalhava disponibilizou a vacina CoronaVac a todos os seus funcionários, através do PNI (Programa Nacional de Imunização). eNtretanto, a recepcionista se recusou a ser vacinada. Segundo colegas de trabalho, ela não acreditava na eficácia do imunizante.

Através de uma nota, o hospital negou que que ela tenha se recusado a tomar a vacina, mas não explicou o porquê da funcionária não ter recebido nenhuma dose do imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O município é responsável pelo repasse das doses da vacina para unidades particulares.

De acordo com dados divulgados pela Sesau (Secretaria de Estado da Saúde). foram vacinadas até ontem 90.701 pessoas em Alagoas. Em Arapiraca, 1.600 profissionais de saúde foram vacinados, sendo 1.457 desses já com as duas doses do imunizante, segundo dados da prefeitura de Arapiraca divulgados na última quarta-feira (24). Até agora, 4.100 doses foram aplicadas no grupo prioritário em Arapiraca.

Segundo o hospital Chama, a funcionária foi infectada pelo novo coronavírus e apresentou os primeiros sintomas no último dia 12. O hospital destacou que ela foi afastada das atividades para se tratar da doença e que não houve demissão da funcionária.

Relatos de colegas de trabalho de Priscila dão conta de que ela decidiu não tomar a vacina contra o novo coronavírus porque dizia não acreditar e nem confiar na imunização da CoronaVac. Apesar de sites locais afirmarem que a recusa da profissional estar ligada à ideologia política, colegas de trabalho afirmaram as opiniões políticas dela não eram públicas.

“Ela era simpática e tinha personalidade forte, mas nunca ouvi ela falando que apoiava [político] A ou B. O que sabemos é que ela não quis tomar a vacina, porque disse que não acreditava na CoronaVac por ser da China. Estamos muito tristes com o falecimento dela e pedimos que as pessoas respeitem o luto da família”, disse uma colega de trabalho.

O hospital Chama destacou que a funcionária era reconhecida pela excelência nas atividades que desempenhava e lamentou que a memória sobre ela esteja “maculada por notícias que não condizem com a verdade e vinculada a posicionamento político utilizado por aproveitadores”.

“Priscila nunca expôs opinião ou posicionamento político em seu ambiente de trabalho, tampouco realizou qualquer manifestação sobre a eficácia ou não da vacina contra coronavírus”, diz o texto.

O corpo de Priscila Veríssimo foi enterrado na manhã de quinta-feira (25) no cemitério São Francisco, em Arapiraca. Ela deixa um filho de dois anos.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Notícias UOL.
Foto destacada: Reprodução/Redes Sociais.






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