Grupo de estudantes cria página para informar e acolher mulheres vítimas de violência

Um perfil nas redes sociais chamado ‘Moça, você não está sozinha’ tem se dedicado a empoderar e informar mulheres oprimidas sobre os seus direitos e mostrar a elas que do outro lado tem alguém para apoiá-las. E, como se isso já não fosse notícia boa o suficiente, é preciso ainda destacar que os criadores da página são jovens estudantes de uma escola de Divinópolis (MG). São os nossos jovens dando uma lição de empatia e compromisso social.

A página traz conteúdo que vão desde informações de como buscar ajuda ou denunciar casos de violência até explicações sobre os diferentes tipos de violência contra a mulher, além de posts que jogam por terra padrões de beleza, celebrando a diversidade dos corpos. Não é incrível?!

A ideia surgiu durante uma feira de ciências em que os alunos tinham que desenvolver algum produto voltado para a comunidade. Como a maioria da equipe de sete estudantes era composta por meninas, a temática da violência contra a mulher foi escolhida e resultou na criação do perfil, atuante no Facebook e Instagram.

 

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“Assunto que nunca é falado nas escolas”

A turma começou a colocar a ideia em prática quando todos faziam o 8º ano do Ensino Fundamental. Hoje, todos eles estão no 9º ano. Participam do grupo: Ana Clara Aquino Soares; Bruno Tavares Rodrigues Borges; Helena Chagas de Araújo Mateus; Luiza Costa Moreira; Thaila Camille Carvalho e Vinícius Simedo Costa de Carvalho.

Helena é a coordenadora do grupo e a mais velha, 15 anos. Apesar da pouca idade, fala sobre o assunto com clareza e objetividade.

 

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“Particularmente, eu avaliaria nosso projeto com uma nota 9 ou até 10, já que é um assunto que nunca é falado nas escolas e estamos fazendo isso sendo apenas jovens do ensino fundamental”, afirma.

 

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“Em relação à tecnologia, hoje em dia ela está em todos os lugares, e por que não usá-la somada a uma ideia de contribuir com mulheres que procuram ajuda? Para o meu grupo, a tecnologia é um meio bastante viável para o projeto, pois atinge um número maior de pessoas”, explicou.

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Depois da criação do perfil, os estudantes realizaram também uma campanha de autoaceitação na escola. Convocaram uma psicóloga para fazer escuta com alunas e funcionárias e participaram de uma caminhada na cidade em defesa dos direitos das mulheres.

 

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“O conteúdo chega aos alunos e funcionários da nossa escola e pessoas da cidade. É tanto para meninas quanto meninos, pois não basta só empoderar as meninas, temos que dizer aos meninos o quanto é importante respeitá-las”, pontuou Helena.

 

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Feira de ciências no México e lançamento de aplicativo

A turma do perfil já apresentou a iniciativa na Feira Mineira de Iniciação Científica e o projeto foi escolhido para ser apresentado em uma feira de ciências em Zamá, no México.

Além disso, eles já estão arquitetando o lançamento de um aplicativo que deve ajudar as mulheres a buscarem mais informações e auxílio.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Razões para Acreditar.
Foto destacada: Reprodução/Razões para Acreditar.






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