Medicamento contra a ansiedade vendido no Brasil é associado a centenas de mortes; saiba mais

Um estudo realizado pelo jornal The Times revelou que a pregabalina, um medicamento amplamente utilizado para tratar ansiedade e epilepsia, está associada a mais de 3 mil mortes apenas no Reino Unido nos últimos cinco anos.

Presente no mercado brasileiro desde 2005, a pregabalina é comumente prescrita para tratar uma variedade de condições do sistema nervoso, incluindo ansiedade, epilepsia e fibromialgia.

Dados do Imperial College de Londres, publicados na Journal of Analytical Toxicology, indicam que mais de 8 milhões de pessoas foram prescritas com o medicamento somente no Reino Unido.

Em 2022, mais de 900 mortes foram relacionadas ao uso de pregabalina. Apesar das tentativas do governo britânico de reclassificar o medicamento para mitigar os riscos, as medidas adotadas até o momento não mostraram resultados significativos.

Um estudo publicado na Journal of Analytical Toxicology enfatizou que a reclassificação por si só pode não ser suficiente para reduzir as mortes associadas à pregabalina, destacando a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa na prescrição do medicamento.

Os riscos associados ao uso da pregabalina incluem sintomas de abstinência, tais como ansiedade, diarreia, dor de cabeça e insônia. Além disso, seus efeitos colaterais podem incluir dores de cabeça, sonolência, alterações de humor, náuseas, inchaço dos membros, visão turva, dificuldades de ereção, problemas de memória e ganho de peso.

A pregabalina também pode representar um risco quando combinada com outros medicamentos ou substâncias sedativas, como opioides ou benzodiazepínicos, podendo resultar em coma e outras complicações. Isso pode contribuir para um aumento no abuso de drogas.

Embora a pregabalina por si só não cause toxicidade grave, sua interação com outras substâncias pode amplificar seus efeitos. Na Suécia, por exemplo, 28% das mortes por overdose registradas tinham pregabalina detectada no sangue.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações da Revista Fórum.






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