Motociclistas escoltam crianças vítimas de abuso até o tribunal para enfrentarem seus agressores

Um grupo de motociclistas dos Estados Unidos virou um poderoso aliado de crianças que sofreram abuso e violência.

A ‘Bikers Against Child Abuse’ (BACA) é uma organização internacional sem fins lucrativos que recruta motociclistas voluntários para oferecer apoio a crianças vítimas de abuso familiar. Eles já atuam á vinte anos, mas agora finalmente estão recebendo o reconhecimento que merecem pelo importante apoio que prestam.

As organizações da BACA estão em todo o mundo, em lugares como Nova Zelândia, Austrália, Canadá e Estados Unidos. Eles passam por extensas verificações de antecedentes e treinamento para lidar com situações sensíveis. Os motociclistas dão à criança seu próprio colete BACA e adotam nomes para crianças, como “Scooter” e “Pooh Bear”. Eles visitam a criança quando solicitados e vigiam a sua casa para impedir que o agressor a invada. Se uma criança for forçada a testemunhar seus abusos no tribunal, os motociclistas escoltarão a criança até o local. E eles fazem isso sem cobrar nada.

O grupo é uma organização sem fins lucrativos e, às vezes, em situações necessárias, o dinheiro sai dos seus próprios bolsos – como quando cinco deles desembolsaram US $ 100 para levar uma adolescente para comprar roupas novas e fazer os cabelos e as unhas no salão de beleza, como maneira de lhe oferecer um momento de alegria depois de tanta tristeza.

A ideia surgiu da simples contatação de que até as crianças sabem que ninguém mexe com os motociclistas. A reputação de serem destemidos e protetores ajuda a fazer com que crianças inseguras e desprotegidas se sintam seguras e acolhidas novamente.

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Em 1995, o assistente social clínico e professor John Paul Lilly teve a ideia. Ele estava trabalhando com um garoto que estava com muito medo de sair de casa por causa de bullying. Lilly se reconheceu no problema do garoto – ele próprio foi abusado quando jovem. Mas ele tinha algo que seu cliente não tinha – motociclistas da vizinhança que o ajudavam.

“Eles se tornaram minha família”, diz Lilly. “Eu nunca me senti tão seguro do que quando estava com eles.”

A partir daí, ele teve a ideia para o BACA.

“Os motociclistas têm uma queda por crianças”, explicou Lilly, que anda de moto desde a adolescência. “Não consegui citar um número, mas sei que muitos motociclistas foram abusados ​​quando crianças. Quando eles vêem a chance de intervir e libertar alguns de seus próprios demônios, não pensam duas vezes antes de defender uma criança. Foi apenas um ajuste tão natural.”

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“A imagem do motociclista é o que faz com que isso funcione”, diz um voluntário do BACA. “Os jogadores de golfe contra o abuso infantil não teriam o mesmo resultado. A camisa de crocodilo rosa e os sapatos de golfe em pé na calçada não fariam o mesmo efeito.

“Quando dizemos a uma criança que ela não precisa ter medo, ela acredita em nós”, diz outro voluntário. “Quando dizemos a eles que estaremos lá para adefendê-los , eles acreditam em nós.”

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Tanks Good News.
Foto destacada: Reprodução/WGN9






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