Se você está à procura de uma série envolvente, bem produzida e que cabe perfeitamente naquele intervalo entre o almoço e o fim da tarde, ‘Caso Arquivado: Os Assassinatos do Tylenol’ é a escolha ideal. Com apenas três episódios e menos de duas horas de duração no total, a nova produção da Netflix já figura entre os documentários mais assistidos da plataforma — e com razão.
A minissérie mergulha em um dos casos criminais mais chocantes da história dos Estados Unidos: em 1982, cápsulas de Tylenol adulteradas com cianeto deixaram um rastro de morte em Chicago. Sete pessoas morreram após consumir o medicamento, o que desencadeou um pânico nacional, investigações complexas e mudanças radicais na indústria farmacêutica.
Cada episódio da série tem uma função bem definida. No primeiro, somos levados de volta ao clima de pavor que tomou conta da população americana. No segundo, a investigação ganha corpo e um suspeito com um passado perturbador entra em cena. No terceiro e último episódio, décadas depois, novas evidências surgem, levantando a hipótese de que a verdade pode ter passado despercebida por muito tempo.
A força de Os Assassinatos do Tylenol está justamente na maneira como conduz o espectador: ritmo ágil, imagens de arquivo impactantes e entrevistas que não subestimam a inteligência de quem assiste. A série também acerta ao evitar o sensacionalismo, focando nas consequências reais do crime — tanto para as famílias das vítimas quanto para o sistema de segurança sanitária dos Estados Unidos.
Com direção afiada e narrativa bem costurada, a produção consegue ser informativa, instigante e surpreendentemente emocional. É o tipo de série documental que dá vontade de comentar com os amigos logo após o episódio final, que chega rápido, mas não sem deixar um gosto amargo e reflexivo.
Em meio a tantas produções longas e complexas, Caso Arquivado: Os Assassinatos do Tylenol prova que não é preciso ocupar muito tempo para contar uma grande história. Se ainda restava dúvida, pode confiar: essa é a maratona mais rápida — e perturbadora — da Netflix em 2025.
