“O amor não se explica, só se sente.”

Sabe quando conhecemos alguém que nos encanta de uma forma tão intensa, profunda e verdadeira que sentimos um desejo incontrolável de saboreá-las, nem que seja só para guardarmos em nosso “banco” de melhores lembranças? Sabe aquela pessoa em que há tantos empecilhos, contradições contextuais, avessos circunstanciais, mas que não conhecer o sabor dela é algo impensável, de modo que você só quer sentir seu sangue pulsar fervorosamente com o entrelaçar dos corações, das almas, dos braços e das línguas?!

Aquele tipo de pessoa em que você pensa “Só quero uma coisa dessa vida: sentir o teu sabor e te fazer sentir o meu, para nunca mais nos esquecermos”?! É o tipo de pessoa que nos faz acreditar que o amor é possível.

Então… queria falar desse amor hoje. De como é bom senti-lo dessa forma tão intensa! Como é gostoso sentir aquele frio na barriga que desce e congela até os pés! Como é bonito achar que tudo pode ser possível ao lado desse alguém!

Infelizmente, muita gente tem medo de sentir isso, nem imagina experimentar tal coisa. Se sente desacreditado. “Ah, isso é tudo bobagem”, declaram os “medrosos”. Sim, ouso chamar de medrosos, pois o amor é uma jornada que, em tendo que atravessar “vales de flechas” disparadas contra nós, precisamos trilhá-la totalmente desarmados, sem escudo algum.

Uma travessia pelo oceano sem boia alguma. É preciso coragem para se lançar nessa aventura e, mesmo sendo atingido casualmente pelas flechas, as arrancar e nos deixar sermos curados pela incansável força do amor. Até porque o amor não tem medo, nem de amar, nem de sofrer. Pelo contrário, o amor sabe que só é amor quando vai ao limite, prova a dor e triunfa!

É uma aventura paradoxal de paz, quietude e calmaria mesclada com excitação, agitação e inquietação. Talvez essa muita “ação” nos assuste. Mas o amor assusta… O amor tranquiliza… O amor causa tudo… O amor causa nada. O amor não se descreve, ele só se sente!

Apesar de tudo, há alguns remanescentes com coragem de mergulhar para sentir sabores inesquecíveis. Poderíamos resumir assim: simplesmente, há sabores que não dá para não sentir! E, engraçado, mas antes mesmo de prová-los, temos a certeza que nunca iremos esquecê-los e sempre iremos senti-los em nossa boca.  Então, que possamos dizer: eu desejo a doçura ardente de sabores inesquecíveis!






Estudante de Psicologia; cronologicamente, 23 anos. Acredita piamente que o amor é a resposta, não importando a pergunta. Eterno peregrino do Caminho do Meio. Vive entre a poesia e a filosofia, onde encontra a psicologia nesse eixo e transborda tudo na escrita