O lado positivo da quarentena: qualidade do ar melhora no mundo

Vivemos dias extremamente conturbados desde que o novo coronavírus se espalhou pelo mundo. Com tanto estresse acumulado devido ao isolamento social, aliado à apreensão pelo bem estar dos nossos familiares e pela economia do país, nossa saúde mental é constantemente testada. Diante desse cenário, faz bem também tentar ver o lado positivo de todo esse processo que o mundo está vivendo. E, para te ajudar, nisso, trazemos hoje uma notícia para te dar força e esperança: Pesquisas revelam que a quarentena melhorou bastante a qualidade do ar no mundo. As informações são da Revista Exame.

As pesquisas foram publicadas na revista acadêmica americana Geophysical Research Letters e apontam que a poluição por dióxido no norte da China, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos diminuiu em até 60% no começo do ano se comparado ao mesmo período no ano passado.

A poluição por dióxido de nitrogênio acontece geralmente por conta dos gases emitidos durante uma comubstão feita por veículos, usinas e atividades industriais. Com isso, a qualidade do ar nesses países (e no resto do mundo) melhorou.

Ainda que os resultados sejam positivos, os pesquisadores ressaltam que não há como garantir que os baixos níveis serão mantidos, uma vez que as medidas de distanciamento social e fechamento do comércio chegarem ao fim. Apesar disso, eles acreditam que a descoberta pode funcionar para ter uma noção de como a qualidade do ar será uma vez que a regulação sobre emissões se tornem mais restritivas.

A queda nas emissões desde que a qualidade do ar começou a ser monitorada, nos anos 90, não é vista há algum tempo. Segundo a cientista Jenny Stavrakou, coautora de um dos estudos, uma redução do tipo não era vista desde os Jogos Olímpicos de Verão de 2008 em Pequim, na China, quando o país se comprometeu a reduzir a poluição a curto prazo.

Para realizar a pesquisa, foram usados satélites que medem a qualidade do ar. Nas cidades chinesas, a queda da poluição foi de 40%, e ficou entre 20% e 38% na Europa Ocidental e nos Estados Unidos. No Irã, um dos primeiros países a ser afetado pelo coronavírus, a poluição não caiu — a suspeita dos autores do estudo é que isso aconteceu porque o lockdown no país não foi decretado até o fim de março e, antes disso, “as ordens para ficar em casa foram ignoradas”.

Contudo, a queda no dióxido de nitrogênio causou um aumento nos níveis de ozônio do país asiático — poluente formado quando temperaturas quentes catalizam reações químicas na atmosfera, prejudicial aos humanos e que pode causar doenças pulmonares e cardíacas. “Isso significa que, mesmo reduzindo os níveis de dióxido de nitrogênio, você não vai resolver o problema do ozônio”, afirmou o cientista alemão Guy Brasseur, do Instituto Max Planck de Meteorologia, na Alemanha.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Revista Exame.
Foto destacada: Freepik.






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