O que a Psicologia diz sobre pessoas que tem muitas plantas dentro de casa

Nos últimos anos, uma tendência verde vem ganhando cada vez mais espaço dentro de casas, varandas e até escritórios: o cultivo de plantas. Muito além da estética ou de modismos do Instagram, o hábito de cercar-se de vegetação pode ser um verdadeiro aliado da saúde mental, segundo apontam diferentes estudos na área de psicologia.

De acordo com o site Infobae, pesquisas recentes mostram que a convivência com plantas em ambientes urbanos — onde a natureza é cada vez mais escassa — traz benefícios que vão do alívio da ansiedade à promoção do equilíbrio emocional. Em muitos casos, as plantas se tornam companheiras silenciosas que oferecem conforto e ajudam a criar um espaço de acolhimento e cura.

Um estudo citado pelo Departamento de Psicologia de duas universidades de Moscou, com observações do pesquisador Sam Moreton, da Universidade de Wollongong (Austrália), aponta que a ligação afetiva com a natureza pode estar relacionada à sensação de transcendência pessoal. Em outras palavras, cultivar plantas pode ajudar as pessoas a se conectarem com algo maior e mais significativo.

Essa relação emocional, segundo os especialistas, é ainda mais marcante entre as mulheres, onde o cultivo de plantas costuma refletir valores éticos e motivações morais ligadas ao respeito pelo meio ambiente. Não por acaso, quem cuida de plantas geralmente apresenta traços como sensibilidade, paciência e desejo de conexão.

Outro ponto interessante está no aspecto terapêutico da jardinagem. A pesquisadora Marjolein Elings, da Universidade de Wageningen (Holanda), destaca que esse tipo de atividade promove calma, fortalece vínculos sociais e incentiva a aceitação de si mesmo. Em casos de esgotamento físico ou mental, cuidar de flores pode funcionar como um recurso de reabilitação, ajudando na recuperação emocional e incentivando a inclusão social.

No México, o Centro de Psicologia e Saúde Mental ADIPA reforça que até mesmo o cuidado com uma única planta pode estimular a atenção plena — uma prática ligada ao foco no presente — e trazer sentimentos de orgulho, pertencimento e superação, especialmente em pessoas que passaram por traumas ou perdas significativas.

Além disso, os benefícios vão para além da mente. A psicóloga Evangelina Arellano, do Tecnológico de Monterrey, explica que a cor verde das plantas está associada, na psicologia das cores, à tranquilidade e à criatividade. Em ambientes de estudo ou trabalho remoto, isso pode contribuir para um clima mais produtivo e agradável.

Já para a psicóloga ambiental Sally Augustin, cultivar um pequeno jardim em casa é também uma expressão da personalidade. Pessoas que se cercam de vegetação tendem a valorizar a ordem, a vitalidade e o equilíbrio emocional — e usam esse contato com o verde para criar um refúgio íntimo e seguro em meio ao caos urbano.

No fim das contas, cuidar de plantas pode ser mais do que um hobby: pode ser uma forma de autoconhecimento, de cura e de reconexão com o que nos faz humanos.

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