Júlia Andrade Carthemol, 29 anos, psicóloga inscrita no Conselho Nacional de Psicologia desde agosto de 2021, foi presa por suspeita de envenenar o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond com um brigadeirão. Apesar de já ter trabalhado na área, ela não estava exercendo a profissão no momento.
O delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), investiga o caso. Júlia teve um relacionamento casual com Luiz Marcelo entre 2013 e 2017 e voltaram a se encontrar há dois meses, quando o empresário considerou formalizar uma união estável, mas desistiu, o que pode ter motivado o crime por razões econômicas.
Júlia também mantinha um relacionamento de dois anos e meio com o advogado Jean Cavalcante de Azevedo. Em abril, ela disse a Jean que trabalharia como babá na casa de uma amiga na Região dos Lagos, mas as fotos enviadas por ela eram dos filhos de Suayny Breschak, que se apresenta como cigana.
Ela foi morar com Luiz Marcelo em abril, no Engenho Novo, onde o corpo dele foi encontrado em 20 de maio. Logo após sua chegada, Luiz Marcelo mudou seu status em rede social para “casado”.
A mãe de Júlia, Carla Cathermol, mora em Maricá, na Região dos Lagos, com o padrasto Marino Bastos Leandro. O pai de Júlia paga uma pensão mensal de R$ 2 mil para ela, apesar de não ter muito contato.
Suayny, mentora espiritual de Júlia por 11 anos, afirmou que Júlia acumulou uma dívida de R$ 600 mil por trabalhos de limpeza espiritual, atualmente reduzida a R$ 400 mil. Suayny disse que Júlia a contratava para manter em segredo sua vida como garota de programa.
Júlia foi presa em 28 de maio, em Cabo Frio, na Região dos Lagos. A polícia suspeita que Suayny seja a mandante do crime, com Júlia demonstrando grande admiração e veneração por ela.
“Podemos falar com bastante segurança que há elementos nos autos, muitos elementos indicativos, de que a Suyany seria a mandante e arquiteta desse plano criminoso”, afirmou o delegado.
