Terapia Cognitivo-Comportamental alivia a ansiedade e muda o cérebro

Não dá para evitar: a vida moderna causa estresse e ansiedade. Coisas importantes como a insegurança no emprego, ou pequenas, como uma pia entupida, vão se amontoando e os níveis de ansiedade vão aumentando, e vão mudando o cérebro das pessoas. Um estudo recente publicado na revista Translational Psychiatry, demonstrou que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) aplicada a pacientes com fobia social reduziu os sintomas destes pacientes, ocasionando, também, mudanças no volume e na atividade cerebral.

A psicóloga especialista em TCC e doutora em Bioquímica, com ênfase em Neurociências, Silvana Frassetto, explica que a TCC parte da ideia que podemos nos libertar de angústias se nos tornamos conscientes de nossa forma distorcida de ver as situações, particularmente as estressantes, ajustando desta forma nosso comportamento.

Fobia Social (ou transtorno de ansiedade social) ocorre quando o indivíduo sente intenso e persistente medo em situações sociais onde possam ocorrer constrangimento ou avaliações negativas. Não se trata apenas de timidez. A pessoa fóbica social evita a todo custo se expor em eventos sociais, como falar em público, dirigir uma reunião ou dar uma palestra. Muitas pessoas chegam a desistir de empregos e dos estudos visando fugir destas situações que para ela são apavoradoras.

Como a pesquisa foi feita

Pesquisadores da Linköping University e de outras universidades suíças trataram 26 pacientes fóbicos ansiosos por 9 semanas. Realizaram uma imagem por ressonância magnética (MRI em inglês) do cérebro dos pacientes antes e depois da terapia.

Os pesquisadores descobriam que quanto maior  era a melhora do paciente, menor era o volume de uma área cerebral chamada amígdala, a qual, dentre outras situações, é ativada quando a pessoa sente medo e ansiedade.

Esta pesquisa evidencia os efeitos psicológicos e biológicos da terapia cognitivo-comportamental e mostra que, quando o paciente está em terapia, ele não somente altera suas emoções, pensamentos e comportamentos, mas também o próprio cérebro.

Fonte: Neuroplasticity in response to cognitive behavior therapy for social anxiety disorder. K N T Mansson, A Salami, A Frick, P Carlbring, G Andersson, T Furmark and C-J Boraxbekk.

Link: http://bit.ly/1XZ1hG8






Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental pela WP (Wainer Psicologia Cognitiva) – Centro de Excelência em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental no Brasil. Doutora em Bioquímica com Ênfase em Neurociência (UFRGS). Formação em Terapia dos Esquemas pela WP e NYC – Institute for Schema Therapy. Tutor qualificado COGMED – Treinamento de atenção e memória de trabalho (operacional). Supervisão Clínica Professora do Curso de Psicologia da ULBRA – Canoas. Professora do Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental do Instituto WP em vários Estados do Brasil. Professora da Wainer Psicologia Cognitiva. Professora do Curso de Especialização em Neuropsicologia da PROJECTO. Professora do Curso de Especialização em Psiquiatria do Instituto Abuchaim. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas – FBTC.