Vacina contra Covid-19 do Instituto Butantã pode estar pronta em outubro

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse na última quinta-feira que a vacina Coronavac, desenvolvida em parceria com laboratório chinês, pode estar pronta e registrada em outubro. “Poderemos ter [a vacina] a partir agora de outubro. O processo de preparo para a formulação e o envase já se iniciou. Todos os processos de controle de qualidade e validação já se iniciaram”, disse ele.

Ainda segundo Covas, as primeiras 15 milhões de doses chegam ainda este ano, segundo Covas.

“Eu tenho enfatizado que a vacina estará disponível aqui no Butantan já em outubro. Em outubro receberemos 5 milhões de doses, em novembro mais 5 milhões de doses e em dezembro, mais 5 milhões de doses. Essas doses já estão sendo produzidas lá na China e, portanto, no final deste ano teremos 15 milhões de doses disponíveis”, disse Dimas Covas em entrevista à GloboNews na manhã desta quarta-feira (12).

De acordo com estudo publicado nesta segunda-feira (10), a vacina chinesa CoronaVac para a Covid-19 mostrou segurança e boa resposta imune em 600 voluntários durante a fase 2 de testes (leia abaixo as fases de produção).

O estudo foi publicado como uma pré-impressão, ainda sem divulgação em revistas científicas e sem revisão por outros cientistas.

Segundo os pesquisadores chineses, a CoronaVac não apresentou “nenhuma preocupação com relação à segurança”. A maioria das reações foram leves, sendo que a mais comum foi a dor no local da injeção. Nenhuma reação adversa mais grave foi relatada durante a fase 2, que ocorreu apenas com voluntários chineses.

“A gente tem que lembrar que o nosso telefone Apple é feito na China e são feitos inúmeros outros produtos industriais, inclusive as grandes farmacêuticas todas têm grandes laboratórios e grandes investimentos na China”, disse Covas.

“A China é um país que tem um investimento muito pujante hoje em ciência. É uma ciência que se ombreia com qualquer outro país do mundo e muitas vezes em termos de volume até superior. Não há motivos para descaracterizar ou desconsiderar uma vacina pelo fato dela ter sido desenvolvida inicialmente na China”, afirmou o diretor.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Só Notícia Boa e Veja.
Foto destacada: Pexels.






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