A linguagem dos sintomas.

Por Deise Azevedo 

“Uma das coisas mais importantes para se aprender a respeito de sintomas é o que ele faz por você. Ele o mantém fora de perigo, lhe dá descanso quando há trabalho demais, tira-o de atividades desagradáveis às quais você não saberia dizer “não”, chama atenção dos outros, dá-lhe castigo “merecido”, ajuda-o a evitar tarefas desagradáveis, etc. Qualquer que seja a sua descoberta a respeito do que o sintoma faz por você, você pode explorar algumas formas, que não sejam ficar doente, para alcançar os mesmos resultados. Se você fica doente para conseguir um descanso, talvez fosse melhor tomar consciência da sua exaustão e descansar antes que a doença o obrigue. Se um sintoma lhe propicia atenção e cuidado de outros, talvez haja algum outro modo de você pedir atenção e cuidado. Muitas vezes, quando esta segunda alternativa surge, o sintoma melhora e desaparece”.

Dialogando com o sintoma…

“Sempre que você vivencia um diálogo com o sintoma, pode descobrir um pouco mais sobre a sua vida e tornar-se um pouco menos fragmentado. Você pode descobrir mais sobre as suas dificuldades, especialmente o que recebe delas e como as mantém. Ao aprofundar sua consciência de sua própria maneira de funcionar, você se sentirá mais centrado, e a sua vida se tornará mais simples e menos confusa. Ao assumir mais responsabilidade pelo que faz, você se tornará gradualmente mais apto a lidar e agir de modo direto e honesto, e suas ações se tornarão mais eficazes e menos autodestrutivas”.

Clique aqui e faça o exercício: Dialogando com o Sintoma…

Trechos brilhantes retirados do livro: “Tornar-se Presente: experimentos de crescimento em gestalt-terapia”, de Stevens (1988, p. 87-88)