Jackson César Buonocore

Estamos na era dos adultos infantilizados, que são as manifestações da infância prolongada em certos indivíduos, no sentido da não responsabilização dos seus atos. Eles expõem sinais de uma infância que foi carente de mediações simbólicas.

A pandemia trouxe à tona os conflitos familiares, que estavam escondidos pelo corre-corre do dia a dia, mas a quarentena aumentou o medo e a ansiedade frente ao contexto atual.

Nós, seres humanos, estamos sendo apartados pelas mudanças tecnológicas, pelas crises climáticas e pela ideologia do individualismo, que são as causadoras das principais doenças psíquicas: depressão, ansiedade, angústia, fobias, neuroses e psicoses, que nos levam ao mal-estar e à solidão.

Todos nós queremos evitar a dor e buscar o prazer, que para muitos significa ser feliz a qualquer custo. Há mais de dois mil anos o cristianismo e o budismo nos ensinam a lidar com a dor e o prazer como uma questão ética, que é ignorada em nossos dias.

Estima-se que até 2030 a depressão afete mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde. É possível que haja 100 tipos de depressão diferentes, que alcançam todas as classes sociais, gêneros, raças ou etnias.

As fofocas são incômodos emocionais e psicológicos, pois as mesmas criam um clima de constrangimento e desconfiança nas relações profissionais, interpessoais e virtuais. Elas começam em pequenos pedaços e vão tomando corpo até se transformar em um “monstro”.