As famílias tóxicas: você faz parte de uma?

Jackson Buonocore
Sociólogo, psicanalista e escritor

A família é nos conferida pelas circunstâncias da vida, por mais que não queiramos, temos que nos adaptar, sobretudo, quando somos crianças e adolescentes. E mesmo depois de adultos não é fácil romper os laços familiares.

O fato é que a família não se escolhe, pois ela se constitui o núcleo primário dos seres humanos e tem uma grande influência sobre a nossa personalidade. É um vínculo complexo que acreditamos ser para sempre, que nos une aos nossos pais, irmãos, avós, tios e primos.

Porém, nem todas as famílias são ambientes de amor e confiança, porque estão marcadas por relações tóxicas, onde são constantes a falta de comunicação, a manipulação afetiva e as microagressões.

Isso desencadeia na esfera familiar a dependência emocional, a baixa autoestima, a ansiedade e a depressão. Além dos abusos e vários outros tipos de violência, que são devastadoras para as vítimas das famílias tóxicas.

Aliás, são relações cercadas de dramas, que desgastam e cansam as pessoas. Então, precisamos ter consciência que podemos fazer parte de uma família tóxica, o que torna essencial buscar o apoio terapêutico com o intuito de preservar o equilíbrio psíquico.

Mas existem casos que é indispensável se afastar de uma família disfuncional, o que significa a autopreservação e o autocuidado, contribuindo para provocar saudades e amolecer os corações de alguns familiares.

Afinal, o mais importante é se fortalecer emocionalmente a fim de se mover com amor-próprio dentro de uma família tóxica, o que pode melhorar a convivência familiar.

***

Imagem de capa meramente ilustrativa_ reprodução/divulgalção série Succession, da HBO






Jackson César Buonocore Sociólogo e Psicanalista