Barack Obama dá sinais de esgotamento da guerra às drogas: ‘Por muito tempo vimos as drogas pelas lentes criminais’
WASHINGTON, DC - JUNE 30: U.S. President Barack Obama delivers remarks about the faltering immigration reform agenda to the news media with in the Rose Garden at the White House June 30, 2014 in Washington, DC. Speaker of the House John Boehner (R-OH) said today that the House of Representatives would not take up immigration reform legislation this year and Obama said he would continue to use his executive power to bolster enforcement on the southern border. (Photo by Chip Somodevilla/Getty Images)

Barack Obama não deu nenhum sinal de que vai levantar as restrições federais sobre a maconha nos Estados Unidos. Mas, até o momento, também não moveu as forças federais contra as medidas estaduais de venda da droga para fins medicinais ou recreativos. Também não é comum que Obama fala de outras drogas.

Ontem, no entanto, o presidente em fim de mandato deu mostras de que é mais um que não acredita na chamada guerra às drogas:

“Por muito tempo nós vimos a dependência em drogas pelas lentes da Justiça criminal. A coisa mais importante a se fazer é reduzir a demanda. E a única forma de fazermos isso é fornecendo tratamento, enxergar como um problema de saúde pública, não criminal”, disse na conferência National Prescription Drug Abuse Heroin Summit.

Os opioides são um enorme problema nos EUA. Em 2014, foram 28.647 vítimas de overdose, número quatro vezes maior que em 2000. E Obama acredita que reprimir os usuários desde tipo de substância não faz sentido.

Para o tratamento, Obama anunciou a liberação de mais US$ 116 milhões, além de US$ 94 milhões apenas para o tratamento de viciados em opioides. A esperança é alcançar novos 124 mil pacientes.

Segundo o presidente, a tal criminalização acontece porque as drogas são constantemente vistas como algo que afeta “pobres e minorias”.

O caminho, segundo o democrata, é outro:

“(A dependência das drogas) era vista como uma falha de caráter, que não era nosso problema. Mas da forma como vimos o cigarro como problema de saúde, as mortes no trânsito como problema de saúde, se tomarmos a mesma abordagem com as drogas, podemos fazer a diferença”.

TEXTO ORIGINAL DE BRASIL POST






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