Estou ansioso. E agora?

Se você tem um transtorno de ansiedade já deve ter se perguntado por que a ansiedade que você experimenta parece tão mais intensa, duradoura e disparada por coisas que não incomodam a maioria dos seus amigos, colegas de trabalho ou familiares…

Certamente o que pode estar acontecendo é que, ao pensar em uma situação ansiogênica ou ao estar nessa situação, você exagera a probabilidade e gravidade da ameaça, minimiza a sua capacidade de enfrentamento e falha em reconhecer aspectos de segurança.

A ansiedade que você sente tem origem dos seus próprios pensamentos, crenças e avaliações errôneos da ameaça e não da situação em si.

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Por exemplo, você pode se sentir muito ansioso ao ter que entrar em uma loja e perguntar o preço de um calçado. Então você acredita que a situação em si é muito difícil e causa ansiedade. Mas, na verdade, o que gera ansiedade são seus pensamentos automáticos disfuncionais (ex.: É feio perguntar preço), suas crenças (ex.: Quem pergunta preço é porque tem pouco dinheiro – vou ser rejeitado) e a avaliação errônea que você faz da ameaça (ex.: A vendedora vai me tratar mal e eu vou ficar muito ansioso, constrangido e não poderei suportar isso).

As avaliações errôneas da ameaça são os principais determinantes da ansiedade clínica. 

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Pode estar lhe faltando adotar uma avaliação mais racional e realista dos perigos relacionados a suas preocupações ansiosas. Ou você reconhece que o desfecho catastrófico que você imagina é altamente improvável, ou até impossível, e, mesmo assim acredita que é inaceitável correr riscos?

Provavelmente a ferramentas que você mais tem utilizado para “se livrar” da ansiedade é fuga/evitação.

 

                                            Fuga/evitação – são respostas naturais à percepção de ameaça e perigo.

Desvantagens da fuga/evitação:

  • Você perde a oportunidade de desconfirmar crenças errôneas de ameaça (ex.: Você continua acreditando que não pode perguntar preço porque será maltratado, rejeitado, ridicularizado)
  • O alívio que você sente por ter “escapado” da situação reforça esse comportamento em futuros episódios de ansiedade, ou seja, a tendência é que cada vez mais você utilize essa ferramenta nos momentos de ansiedade.
  • Ceder à fuga/evitação traz ou aumenta a sensação de culpa e desapontamento e você acaba perdendo a autoconfiança.
  • O alívio imediato associado com fuga/evitação aumenta sua sensibilidade  a sinais de ameaça de modo que no longo prazo ela manterá ou mesmo aumentará o medo e a ansiedade. Você se coloca na posição de quem precisa estar hipervigilante para fugir a qualquer momento dos perigos que podem surgir.

Você se recorda de alguma situação em que usou a estratégia de fuga/esquiva para controlar sua ansiedade? Quais prejuízos isso trouxe para sua vida?

Na perspectiva Cognitivo-Comportamental o objetivo não é eliminar a ansiedade porque isso não seria possível! O que se busca, entre outros objetivos, é eliminar a fuga/esquiva como estratégia de controle e isso é fundamental para o sucesso do tratamento. Você aprende formas efetivas de anular o programa do medo quando ele é inadequadamente ativado e, assim, não precisa fugir!