Inteligência artificial está contribuindo para o tratamento da depressão no DF

Um novo recurso tecnológico promete resultados no tratamento do transtorno que é considerado o “mal do século”, a depressão. A ferramenta chega na capital federal na esperança de diminuir os efeitos da patologia.

A depressão caminha para se tornar a patologia mais grave do planeta. De acordo com um balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos do transtorno cresceram 18% em 10 anos e pode vir a ser a mais debilitante, em 2020. No DF, o cenário não é animador. Até o último trimestre de 2019, foram realizados 70.841 atendimentos ambulatoriais psicossociais pela Secretaria de Saúde do DF.

É nesse cenário preocupante que surge uma nova forma de tratamento para auxiliar no alívio dos sintomas dessa patologia. Trata-se de uma ferramenta digital, que interage com cada paciente de forma individualizada. “Através de algoritmos, é possível desenvolver estratégias responsivas às reações e necessidades dos pacientes”. É o que explica o psiquiatra clínico e membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Dr. Thiago Xavier Corrêa.

De acordo com o Dr. Thiago, o tratamento não vem para abandonar os tratamentos convencionais da depressão. “Importante destacar que, a inteligência artificial não vem para substituir o acompanhamento com psicólogo nem o tratamento psiquiátrico, mas surge com o objetivo de oferecer ferramentas terapêuticas complementares”, elucida.

O tratamento é realizado utilizando mais de 10 abordagens psicológicas diferentes como a psicoeducação, técnicas de resolução de problemas, desenvolvimento de habilidades interpessoais, psicologia positiva, estímulos a atividades físicas e meditação.

Como benefícios, o uso da inteligência artificial auxilia o paciente em perceber suas alterações de humor ao longo do tratamento, facilita o acompanhamento dos pacientes e otimiza o tempo de consulta na medida em que o paciente se expressa melhor e participa mais do atendimento terapêutico.

Apesar de uma técnica recém chegada na capital, as perspectivas são animadoras. Os primeiros estudos científicos com ferramentas de E-saúde estão sendo projetados para a população brasileira, com grupos de pesquisadores aqui no DF, projetando um cenário mais positivo com o uso da ferramenta.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações de Jornal de Brasília.
Imagem destacada: Reprodução.






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