Novo medicamento cura 18 pacientes com leucemia, segundo estudo publicado na Nature

Um novo medicamento foi capaz de eliminar completamente o câncer em um terço dos pacientes com leucemias agudas avançadas nos Estados Unidos, segundo um estudo clínico publicado na revista Nature.

No estudo, os cientistas pesquisadores administraram uma pílula chamada revumenib em 68 pacientes diagnosticados com a doença com rearranjos KMT2A ou NPM1 mutante. O medicamento foi responsável pela remissão completa do câncer em 18 participantes.

“As leucemias agudas com rearranjos KMT2A são difíceis de tratar e as mutações NPM1 são a alteração genética mais comum na leucemia mieloide aguda (LMA). Esses subconjuntos não têm terapias direcionadas especificamente aprovadas”, disse Ghayas Issa, líder da pesquisa.

Os resultados apresentados são preliminares e não indicam uma cura definitiva, entretanto, os autores do estudo estão otimistas.

“Estou animado com esses resultados, que sugerem que o revumenib pode ser uma terapia oral direcionada eficaz para pacientes com leucemia aguda causada por essas alterações genéticas. Essas taxas de resposta, especialmente as taxas de eliminação da doença residual, são as mais altas que já vimos com qualquer monoterapia usada para esses subconjuntos de leucemia resistente”, explicou Issa.

O medicamento não é eficaz para todas as pessoas. Os cientistas concentraram seus esforços em dois subtipos genéticos nos quais uma proteína específica contribui para o desenvolvimento da leucemia.

“Os dois subtipos genéticos de leucemia aguda envolvidos nesta pesquisa representam aproximadamente 40% de todos os casos de LMA em crianças e adultos”, disse Scott Armstrong, um dos autores da pesquisa.

Durante os testes, o uso de revumenib em combinação com a proteína apresentou resultados significativos para os dois tipos de leucemia estudados.

“As respostas neste estudo mostram que os inibidores desta proteína podem ser uma opção de tratamento promissora que é bem tolerada pelos pacientes e pode ser a mais nova adição a terapias direcionadas bem-sucedidas para leucemia aguda”, disse Issa.

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Destaques Psicologias do Brasil, com informações do G1.
Capa: Reprodução/Freepik.






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