Suspense eletrizante da Netflix entrega mergulho intenso no psicológico de personagens complexos

Os aficcionados por instigantes tramas de suspense tem um bom motivo para cancelar quaisquer compromissos depois do trabalho. Este bom motivo é a minissérie espanhola “A Garota da Fita”, da Netflix, que com certeza faz por merecer uma maratona de binge watching.

A sinopse parece simples: “Uma garotinha desaparece durante um desfile de rua em Málaga, na Espanha, e uma jovem jornalista faz de tudo para ajudar a família a encontrá-la”. No entanto, a trama desenvolvida com requinte pelo competente diretor David Ulloa vai criando surpreendentes novos entrechos a cada episódio, levando o espectador a experimentar a mesma urgência dos personagens em ver o desfecho daquele instigante mistério.

A minissérie da Netflix não cede ao maniqueísmo fácil de outras produções do gênero, de modo que cada personagem é construído com várias camadas de complexidade. O roteiro vai aos poucos nos fornecendo pistas de um grande quebra-cabeça para desvendar as reais intenções de todas as pessoas que se veem envolvidas naquela intrincada trama de mistério.

O elenco é encabeçado por um dos maiores talentos da nova geração, a atriz Milena Smith, que conquistou o público no longa Madres Paraelas, de Pedro Almodóvar. Em “A Garota da Fita”, ela dá vida a Miren Rojo, a jornalista obstinada que move mundos e fundos para resolver o mistério que assombra uma família, e entrega uma performance hipnotizante. Outro nome forte do elenco é o experiente José Coronado, ganhador de um Premio Goya de Melhor Ator pelo filme ‘No habrá paz para los malvados’, de 2011.

“A Garota da Fita” é o entretenimento certo para aqueles que gostam de brincar de detetive, e sobretudo para os que se deleitam ao navegar pelas complexidades do psicológico de bons personagens.

***
Destaques Psicologias do Brasil






Uma seleção das notícias relacionadas ao universo da Psicologia e Comportamento Humano.